Gardenia
“Gardenia”, 2022
Desde jovem adquiri o hábito de fotografar, desenhar e documentar flores, cultivei este interesse adquirindo herbários, visitando estufas, jardins e espaços verdes sempre que podia. A conexão que temos com a natureza é a mais antiga e valiosa que persiste na evolução humana. É uma relação de trocas: dar e receber. O contacto com a natureza toca ao que de mais primordial há em nós. Desta forma, comecei a colher flores que encontrava secas, caídas, mal-tratadas ou esquecidas, foi neste processo que comecei a perceber que podia usar os pigmentos das próprias flores para pintar e ao misturá-los com aguarela podia criar uma nova dinâmica no processo de documentação das mesmas.
Assim surge a coleção ‘Gardenia’, na qual, o processo de documentar flores entre o imaginário e o real manifesta a urgência de preservar este contacto com a natureza, ou a memória dele, de forma quase obsessiva. No Porto, cidade da qual sou natural, é frequente deparar-me com jardins privados, e a falta de espaços verdes abertos ao público, pelo que ‘Gardenia’ acaba por se transformar no apelo ao acesso a esses mesmos. A importância de serem acessíveis a todos (de caráter público e gratuito), visto que o contacto com a natureza é uma imposição primordial. É nosso dever como comunidade criar, transformar, preservar e consciencializar para a relevância do contacto com a natureza dentro do meio urbano.
Desde jovem adquiri o hábito de fotografar, desenhar e documentar flores, cultivei este interesse adquirindo herbários, visitando estufas, jardins e espaços verdes sempre que podia. A conexão que temos com a natureza é a mais antiga e valiosa que persiste na evolução humana. É uma relação de trocas: dar e receber. O contacto com a natureza toca ao que de mais primordial há em nós. Desta forma, comecei a colher flores que encontrava secas, caídas, mal-tratadas ou esquecidas, foi neste processo que comecei a perceber que podia usar os pigmentos das próprias flores para pintar e ao misturá-los com aguarela podia criar uma nova dinâmica no processo de documentação das mesmas.
Assim surge a coleção ‘Gardenia’, na qual, o processo de documentar flores entre o imaginário e o real manifesta a urgência de preservar este contacto com a natureza, ou a memória dele, de forma quase obsessiva. No Porto, cidade da qual sou natural, é frequente deparar-me com jardins privados, e a falta de espaços verdes abertos ao público, pelo que ‘Gardenia’ acaba por se transformar no apelo ao acesso a esses mesmos. A importância de serem acessíveis a todos (de caráter público e gratuito), visto que o contacto com a natureza é uma imposição primordial. É nosso dever como comunidade criar, transformar, preservar e consciencializar para a relevância do contacto com a natureza dentro do meio urbano.
